terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Como percionas o teu mercado?



As normas sociais criaram um código de leitura e denominação de cores. E logo habituámo-nos a identificar, catalogar de acordo com esse sistema. Facilitador, sem dúvida porque nos coloca em diálogo uns com os outros com um denominador comum que agiliza a troca e a comunicação.

Os pilotos automáticos facilitam tanta coisa e permitem-nos relaxar... a questão é que são tantos os automatismos que nos cingimos apenas a esse modo de atuação. Esquecemo-nos de questionar, de nos colocar em desconforto, de pensar sobre outras possibilidades.

O código também diz que o branco é a junção de todas as cores, logo, partindo do denominador comum poderás fazer várias leituras sobre o branco, podendo ele assumir as cores que fizeres. Muda o ângulo de visão, de perceção.  Vira-te de cabeça para baixo e observa o cenário que tens à frente. Despenteia-te, contraria os teus automatismos, sejam eles quais forem.

Não assumas verdades absolutas, se tu estás em constante mudança, como poderá ser uma verdade absoluta?

Hoje li um artigo de Mia Couto que me encantou sobre o Ler. Entre várias palavras que me tocaram no seu texto, tocou-me o Ler. O quão estamos habituados a reforçar a importância de ler livros para a alfabetização, cultura e adquirir conhecimento. E o ler que vai além da leitura das palavras, e se desenvolve para a leitura de rostos, expressões, cenários, paisagens, as envolventes, os movimentos que ocorrem não só fora, mas dentro, como me leio eu? como está a máquina que sou, como estão as emoções, os pensamentos, a ação? Ler os diálogos, as dissonâncias, as harmonias, os encontros, os desencontros.

Tudo isto é Mercado.

E nas empresas, o discurso que acontece. Por um lado a descrição do mercado que está em crise, nada há a fazer a não ser reduzir custos e esperar que ela passe. Do outro, o mercado que está a correr bem, equipa vencedora não se mexe, é continuar como se está para que tudo continue igual. E já vai havendo cada vez mais uma 3ª voz que se responsabiliza e aproveita a crise para se transformar, para reciclar, rever e assumir o comando e também para continuar a investir na melhoria contínua. Está-se bem, mas há que continuar a investir para estar melhor, aproveitar essa motivação positiva para fazer mais e melhor.

Mas eu não sou empresári@. Que me interessa esta conversa? 
Geres a maior empresa da tua vida, TU! Os teus funcionários são muitos, os órgãos, os músculos e os diretores gerais, o cérebro, o coração que comandam a máquina e decidem o rumo a seguir. Coisa pouca?!

Como está a tua empresa dita como está o teu mercado. Rodeado de pessoas felizes, positivas, contrariedades, obstáculos, harmonia, fluidez, pessimismo, carga, leveza...  Se estás no medo ou na coragem, se tens variedade e movimento ou estás estagnad@.

É observar e aprender a ler o mercado para além do direto, óbvio e visível. É questionar, é olhar sob diversos ângulos. É treinar a postura ativa e relaxada, é acordar o dorminhoc@ que mora em ti.

É partir do não sei para a imaginação do criar novos mundos, imaginar, ginasticar a mente para além dos territórios quotidianos, é desassossegar para que o teu mercado continue a evoluir na direção que sonhas e queres.

Your market reveals where you are. Accept that as a begin to step forward to build a lovestory market.


domingo, 10 de fevereiro de 2019

E a sugestão da semana vai para...



"(...) Mas o Papalagui pensa tanto que pensar se tornou um hábito, uma necessidade, mesmo uma compulsão. Tem de estar sempre a pensar. Só com grande dificuldade consegue não pensar e viver com todo o seu corpo. Só a sua cabeça está viva, enquanto os outros sentidos dormem profundamente, embora ao mesmo tempo ele ande, fale, como e ria. O processo de pensar, os pensamentos (que são os frutos do pensar), mantêm-no prisioneiro. É uma espécie de intoxicação com os próprios pensamentos. Quando o Sol brilha alegremente, imediatamente ele pensa: "Como o sol brilha alegremente!" E continua a pensar "Como brilha alegremente neste momento." Isto é errado, fundamentalmente errado e tolo, porque quando o Sol brilha, o melhor é não pensar de todo. Um samoano inteligente estende os membros à morna luz do Sol e não pensa nela. Absorve o sol não só com a cabeça, mas também com mãos, pés, coxas, estômago, com todos os seus membros. Deixa a pele e os membros serem felizes e pensarem à maneira deles,  embora esta seja diferente da maneira da cabeça. Mas o Papalagui não é capaz de fazer isso; o seu pensar é como um grande pedregulho de lava que não consegue tirar do caminho. (...)"*

Para denunciar ocupações de-mentes que ocupam espaço e consomem aos poucos a energia de viver, saborear com todos os sentidos. Este livro é uma colectânea  de textos escritos por Tuiavii, chefe da tribo samoaana de Tiavéa, uma ilha do Pacífico Sul, na sequência da sua visita à Europa (1920). Chamou Papalagui aos homens do Ocidente e como a sua descrição é tão atual nos tempos que correm. Uma escrita deliciosa e simples que nos confronta com o automatismo em que vivemos, com a essência que esquecemos.



* in Papalagui, de TIAVÉA, Tuiavii, Ed, Marcador, p. 97


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

In-vestir

Gosto de palavras. De lhes estudar a forma e conteúdo. Gosto de despi-las e ver o que contêm dentro. Ressignificar. Gosto de lhes ampliar os significados e torná-las mais significantes. Que me tragam leveza, que me façam rir e me surpreendam, como uma criança curiosa que acaba de descobrir uma cena nova e gosta de partilhar pelos sete cantos do mundo.

E eis que sou surpreendida com a brincadeira  que em tempos fiz com a palavra investir (tornar a vestir ou vestir dentro).

E na linguagem corrente do mercado é a palavra da ordem "investir para crescer". E a pergunta é como quero vestir dentro, como quero crescer?

Que casa quero construir dentro? Do que ela precisa para me fazer feliz, para saciar a vontade, atingir o o sonho/ objetivo?

De que é feita a estrutura? Com materiais sólidos e resistentes e flexível para suportar novas vestimentas?

Fazendo a analogia com o corpo humano, como está a comunicação entre todos os órgãos e entre sistemas? A malta cá dentro anda feliz? Saudável por dentro e por fora?

Aquilo que penso está de acordo com o que digo, sinto e faço?

Quando estamos ligados ao instinto respondemos de acordo com a emoção, há subjacente um querer saciar o desejo latente e depois entra o intelecto que vai pensar como pode criar resposta a essa necessidade. E o corpo enquanto agente passivo responde a estes dois condutores.

Quando o inteleto está ligado com todo o organismo vivo cria em função do seu bem comum, está conectado a uma vontade superior e mais permanente, há uma clareza maior na estratégia independentemente das formas que possa assumir. E é a partir daí que o sentir e a ação se ligam para concretizar. As emoções deixam de estar no comando do movimento e entram em fluxo para que a circulação ocorra e o oxigênio circule no corpo e este execute. Deixamos de ser escravos do impulso.

Pensando no mundo das empresas temos a direção, o inteleto, que pensa a ideia e que terá de comunicar ao organismo vivo que é o recurso humano. Este responde ou por impulso ou em fluxo, no primeiro gera entropia, no segundo gera e potencia energia, fazendo com que a empresa evolua e cresça mais "coxa" ou saudável.

Num momento em que a sociedade pede uma mudança de paradigma quer ao nível de valores quer de estrutura, educação, política, social, saúde e económica, é tempo das pessoas olharem mais para si, reverem valores e estruturas assim como empresas.

Love the in-vestment in yourself and feed your inner home to build a love market.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

E a sugestão da semana vai para...

E no dia de São Valentim, na celebração ao amor, nada melhor do que ilustrá-lo com o "Lovemarks". Uma abordagem criativa ao mundo das marcas. As marcas são uma entidade viva, com personalidade, sonhos, evoluem, transformam-se. Uma visão da perspetiva de criativos do mundo da publicidade. A afetividade e o amor numa relação entre as marcas e os seus consumidores que precisa de ser constantemente atualizada.

Vale a pena aprofundar esta relação com a qual nos relacionamos no dia a dia.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Sê a tua marca no que estiveres a fazer

Cinco anos depois regresso a este espaço do Love your market. Nasceu da vontade de partilhar perceções acerca do mercado de trabalho, as minhas, pessoais. A curiosidade de treinar o olhar, de recolher os detalhes, as lições, de observar o que me toca.

Hoje olho para trás e vejo tanta coisa mudou. Uma nova área de trabalho ganhou forma, decisões que me levaram a recomeçar e a descobrir um novo Amor, o desenvolvimento pessoal, o coaching e as artes.

O mercado está em constante evolução e nós também. Fazemos parte dele e somos o mercado também. As necessidades ilimitadas do ser humano leva-nos a procurar recursos na oferta existente e o mercado atento estuda as possibilidades para atualizar constantemente os recursos e dar resposta.

E o que observo é que podemos também transformar-nos nos recursos para saciar a necessidade latente. Claro está que o serviço/ produto não sobrevive com um único cliente, eu. É preciso encontrar elementos com as mesmas necessidades latentes para criar mercado.

Contudo, o "criador" desses recursos tem um denominador comum com o mercado, é feito da mesma matéria. O que o distingue é a sua assinatura, a sua expressão única de fazer, de comunicar, de se distribuir e o valor que pratica (4 P's - produt, price, placement and promotion).

"Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida." Confúcio

Esta frase ganha a cada dia que passa um sentido renovado. Conseguimos observar dentro de nós o entusiasmo e a motivação quando fazemos o que gostamos e também conseguimos observar no exterior a paixão dos outros pelo trabalho que executam. E o mercado ama apaixonados pelo seu trabalho. É contagiante.

As pessoas são atraídas por histórias, por seres humanos. Proximidade, emoção, precisam de se sentir ligadas, com senso de pertença, segurança, reconhecimento é novidade. Que o teu mercado te tenha a ti por inteiro.


Love your market and your uniqueness style. Allow your shine be contagious to others.

terça-feira, 22 de maio de 2012

A sugestão da semana vai para...

Top performer é um livro que entusiasma do princípio ao fim. Uma aventura, uma viagm encetada pelo protagonista da história numa busca por melhorar as suas habilidades profissionais enquanto vendedor. Depara-se com um contexto diferente da sua realidade profissional que o ajuda a redescobrir-se enquanto indíviduo e profissional. A gestão criativa da energia, a inspiração que o guiam para gerar motivação na sua atividade profissional. O alargar das perspetivas e perceção como o guia para a constante aprendizagem e adaptação da mesma aos diferentes contextos da vida e dos relacionamentos entre pessoas. Uma leitura simples, divertida e rica em aprendizagens.

domingo, 6 de maio de 2012

A sugestão da semana vai para...

Um guia prático e de fácil leitura. Rico em exemplos de experiências do dia-a-dia. Gestos simples carregados de grandes lições para a vida profissional e pessoal. Citações fantásticas que facilmente reportamos para as nossas vidas, identificamo-nos com elas, batem-nos no ponto certo. Talvez nada de novo e tudo de novo, pelo simples facto de nos fazer refletir e de nos trazer à consciência uma reflexão profunda sobre os nossos actos e de como podemos sempre melhorar.